quarta-feira, 30 de maio de 2012

X Jornada Econopet


A X Jornada ECONOPET está inciando as suas atividades em grande estilo e  pretende comemorar os 10 anos de Jornada, que se configura como um dos mais importantes eventos do PET Economia.

O evento está previsto para outubro de 2012 e em breve a programação oficial será divulgada.  No entanto, o período para submissão de artigos acadêmicos para o II Prêmio PET já está aberto e já devem ser enviados para o e-mail premiopet@gmail.com.

Premiação dos melhores trabalhos:

O valor estabelecido  para premiação dos melhores trabalhos serão os seguintes:
1º Lugar: R$ 1.500,00
2º Lugar: R$ 1.000,00
3º Lugar: R$ 500,00

A participação no II Prêmio PET é restrita a alunos da Universidade Federal do Ceará, de qualquer curso, desde que o artigo submetido seja sobre Economia.

Formato do Artigo:
Tema Livre
Processador de textos: PDF . Fonte de letra: Times New Roman. Tamanho: 12 (doze). Formato do papel: A4. Espaçamento simples. Margens: 2,5 cm. Máximo de 25 páginas, mínimo de 10 páginas (incluindo informações iniciais, referências bibliográficas e apêndices).

A primeira página deverá conter a área de interesse escolhida e o título do artigo além das informações de cada autor contendo: nome completo, afiliação institucional, minicurrículo, endereço postal e eletrônico, telefone.

A segunda página deverá conter: o título do artigo e um resumo de cerca de 200 palavras, seguidos do restante do trabalho.


Importante: a segunda página e as seguintes não poderão conter qualquer elemento que permita a identificação dos autores.



Maiores informações  no PET Economia 85.33667830 , 
ou pelo e-mail pet-economia@googlegroups.com


Moeda e Risco Inflacionário



Por Kelson Henrique




Nos últimos anos a conjuntura econômica brasileira apresentou um quadro favorável, pelo menos no curto prazo, do ponto de vista do controle da inflação em função de uma política monetária restritiva e de uma taxa de câmbio relativamente estável. Entretanto, nos meses que passaram, acompanhamos uma mudança na postura do Banco Central no sentido de reduzir a Selic, visando impulsionar a atividade econômica como uma forma de se “precaver” diante da crise internacional.


A princípio, poderíamos considerar como uma estratégia válida, pois uma Selic posta aos padrões de juros internacionais não seriam prejudiciais à economia nacional, pois se trata de uma economia aberta, onde a demanda seria suprida não só pela oferta interna como externa. Essa conclusão poria em xeque o cálculo do PIB Potencial, que pressupõe uma economia fechada, onde não teria importações de bens e serviços.


Mas, observando a política econômica, em especial no último trimestre, vemos que a economia vem se fechando cada vez mais, principalmente em função das medidas protecionistas tomadas recentemente pelo governo para “sustentar” a indústria nacional, o que nos leva a concluir que, neste caso, os modelos que calculam o PIB Potencial são relativamente aceitáveis. Dessa forma, podemos esperar que a redução da Selic constitui um fenômeno efêmero, e que no longo prazo ela terá de aumentar por conta de pressões inflacionárias devido ao abrupto aumento do câmbio , tanto a nível interno pelo aumento da demanda, quanto externo, por pressões sobre os preços internacionais de alimentos e petróleo.


Infelizmente temos nossa expectativa de crescimento frustrada pelo grau relativamente baixo de abertura econômica, que entre outros aspectos, favorece a ineficiência das empresas (algo que desagrada até mesmo os empresários), ao se esquivar da competição internacional.


Nota: Kelson Henrique é bolsista do PET-Economia e aluno do curso de Ciências Econômicas-UFC.

Hamlet Oeconomicus


Por Emanuel Sebag



Há mais coisas entre a taxa de juros e o produto real do que do que sonha nossa vã IS/LM.


Pode soar até inadequada essa simbiose entre teoria econômica e arte, mas é uma relação necessária para aqueles que ousam romper as curtas amarras que aprisionam o pensamento econômico contemporâneo standard. A crítica é oportuna quando vemos em nosso país um período de políticas monetárias expansionistas, ocasionadas pelos recentes e sucessivos cortes na taxa básica de juros – Selic – e uma já desgastada reação contrária ao ciclo de queda em alegação do fantasma da pressão inflacionária. Para além das pueris e barulhentas mecanicidades dos ascensoristas macroeconômicos, a realidade se apresenta muito mais rica e complexa, necessitando de argumentações mais maleáveis e que sejam capazes de dialogar com os movimentos caóticos das variáveis econômicas na não harmoniosa sinfonia capitalista.


A resposta dada pelos defensores da atual política monetária bebe da análise da conjuntura de baixo crescimento do Brasil. É necessário primeiramente compreender, como já apresentado em um recente comunicado do Ipea, que os efeitos de políticas monetárias são assimétricos sobre inflação e crescimento dependendo das características do ciclo econômico presente. Em uma conjuntura de baixo crescimento, a pressão da demanda sobre a estrutura produtiva é reduzida e o risco de geração de um processo inflacionário por uma expansão monetária é duvidoso. Porém, como afirma nosso “Hamlet oeconomicus”, existem outras consequências oriundas de uma política econômica que não conseguem ser interpretadas por um modelo standard. Se o atual ciclo de queda da Selic se prolongar até o fim de 2012, encerrando o ano nos já sinalizados 8%, o governo federal deixará de gastar cerca de R$56 bilhões com despesas da dívida, abrindo espaço no orçamento para a ampliação de políticas fiscais. É isso mesmo? Então uma política monetária expansionista pode estimular políticas fiscais e ampliar o produto sem evocar o fantasma da inflação? Pobre IS/LM... Como interpretar a realidade econômica brasileira por um modelo econômico voador, que não é capaz de firmar seu pé na terra? A aparente transparência e generalidade das soluções apresentas pelo modelo dão ares de uma possível aplicação universal. É uma pena que as especificidades da realidade concreta assustem tanto a academia.


Hamlet parece ter mais a nos ensinar sobre macroeconomia do que alguns livros texto que circulam pelas universidades. Além da já citada contribuição, seu clássico dilema dramático – “ser ou não ser?” – quando se questiona sobre vingar ou não a morte de seu pai, assassinando seu tio Cláudio, é capaz de dizer muito sobre a condução da política econômica em nosso país. Sem o menor sentimento ufanista, frente ao ultraje da destinação de mais de 47% dos recursos da Lei Orçamentária Anual para o pagamento de juros e amortizações da dívida pública, é necessário ser, leia-se agir, como Hamlet assim o fez. A condução da política econômica parece se aproximar mais da arte do que da ciência exata, como lembra Maria da Conceição Tavares, causando arrepios nos economistas stricto sensu.

Nota: Emanuel Sebag de Magalhães é aluno do curso de Ciências  econômicas-UFC

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Rumores de Crise



Por Abrahão Scarcela




Em junho de 2010 foi criado o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF). Em janeiro deste ano a agência S&P (Standard & Poor's) rebaixou o a nota do fundo de AAA para AA+, mostrando o aumento da desconfiança do mercado com a possível não honradez das dívidas. A principal conseqüência disto é o aumento da taxa de juros exigida pelo mercado para empréstimos ao fundo de estabilidade, elevando os custos dos empréstimos, dificultando a captação de recursos. A maior referência da Crise é a Grécia. Os demais países que se encontram em situação de alerta formam o denominado PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha). A demora na solução da Crise afetou o Brasil.
A falta de regulação unificada por parte do Banco Central Europeu impede o controle das políticas monetárias, permitindo a continuidade dos erros. Caso o governo não controle os efeitos da crise de maneira eficaz, a conta recairá sobre os consumidores que passarão a diminuir sua demanda, acarretando diminuição das receitas por partes das empresas, entrando a economia num ciclo de estagnação. Caso isto ocorra, a demanda externa por mercadorias importadas cairá. Como a Europa possui uma grande participação no mercado internacional poderia alastrar a crise para os países fornecedores. (SCARCELA, 2011)

A diminuição da demanda externa por produtos brasileiros e a baixa do dólar afetaram o saldo da balança comercial. Muitos produtores tiveram prejuízos. Houve um aumento das importações, muitos brasileiros puderam viajar para o exterior, aumentando o déficit em Serviços, diminuindo assim, o saldo em Transações Correntes.
O contexto econômico mundial trouxe consequências para a economia local, pois o fato destes brasileiros trazerem em suas bagagens “souvenirs” visando revendê-los no país, causa diminuição da demanda por produtos nacionais.
Setores cearenses que possuíam hegemonia na geração de emprego e renda, como o setor têxtil, perderam mercado para marcas como Hollister, Aeropostale, Abercrombie, de fato originais ou “made in China” (sell on beco da poeira). As marcas possuem sede nos Estados Unidos, portanto não geram emprego aqui.  Estes desvios não são um “privilégio” do mercado cearense, é uma enfermidade nacional.  O que se verifica neste momento é uma diminuição dos postos de trabalho em diversos setores. 

Segundo notícia do jornal O POVO:
A geração de postos de trabalho na Região Metropolitana de Fortaleza diminuiu, uma pesquisa divulgada na Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS) mostrou que fevereiro foi o segundo mês consecutivo de ascensão do desemprego na Região. O total de desempregados somou 153 mil pessoas. Só os setores de comércio e serviços tiveram um aumento nos postos de trabalho totalizando 30 mil novas vagas (comércio gerou 22 mil, e o de serviços convocou 8 mil). A indústria dispensou 12 mil trabalhadores, e na construção civil houve uma redução de cinco mil empregos. Para Ediran Teixeira, coordenador da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) a diminuição de postos de trabalho na indústria ocorreu principalmente por causa da indústria têxtil e de calçados, que vem sofrendo com a queda nas exportações. (publicada 29 de março de 2012, disponível em http://economianordeste.opovo.com.br/app/estados/ceara/noticias/2012/03/29/ce_interna,5095/desemprego-aumenta-em-fevereiro.shtml, adaptação e transcrição próprias).


Nota: Abrahão Scarcela é bolsista do PET-Economia e aluno do 7º semestres do curso de Ciências Econômicas-UFC

quarta-feira, 9 de maio de 2012

O que é o PET

Criado em 1979 pela CAPES( Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), o Programa de Educação Tutorial está desde 2005 vinculado a Secretaria de Ensino Superior(SESu/MEC). Desde então, vem sendo orientado pela integração entre 3 pilares da universidade: ensino, pesquisa e extensão; objetivando romper as barreiras existentes entre a academia e a comunidade. Tem por objetivos:

  • Propiciar uma formação acadêmica diversificada e de qualidade, através da educação tutorial, coletiva e interdisciplinar;
  • Contribuir para a melhoria do curso de graduação;
  • Cultivar valores que reforcem a cidadania, a consciência critica, a solidariedade, a ética e função social da educação superior.